RETROSPECTIVA 2009

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Eleita melhor atleta brasileira do ano, Sarah Menezes conquistou o bi mundial júnior em outubro, na França

Dá para dizer que 2009 foi um dos anos em que o judô mais chamou atenção. Tanto pelo lado bom, quanto pelo ruim. Enquanto de um lado Sarah Menezes deixou de ser promessa e virou realidade ao conquistar o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta feminina, por outro os brasileiros tiveram um desempenho bem abaixo do esperado no Mundial, realizado em Roterdã.

Quem também teve um ano muito bom foi a lutadora de taekwondo Natália Falavigna. Depois de colocar o nome na história do esporte brasileiro em 2008, ao conquistar uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, a lutadora se firmou como o maior destaque da modalidade na história do país. Natália ganhou o bronze no Mundial da Dinamarca, realizado em Copenhague, conquistando a primeira medalha brasileira em esportes olímpicos depois que o Rio ganhou o direito de sediar os Jogos de 2016.

No boxe, a temporada também foi movimentada, mas fora dos ringues. Mike Tyson que o diga. O ex-lutador perdeu a filha de maneira trágica no início do ano, depois se reconciliou com Holyfield em um programa de tv e fechou 2009 se envolvendo em uma confusão com um paparazzi. Já Maguila se arriscou em um novo ramo e virou cantor de samba. Em abril, Oscar de La Hoya deu adeus aos ringues.

Nasce uma estrela

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Um ano de tantas conquistas da jovem Sarah Menezes só poderia ter sido fechado com chave de ouro. Depois de sete medalhas internacionais e do bicampeonato mundial júnior na categoria ligeiro (até 48kg), a judoca terminou a temporada com o Prêmio Brasil Olímpico. Com 46% dos votos do público, a piauiense superou Poliana Okimoto e Natália Falavigna para ficar com o título de melhor atleta feminina do ano.


A campanha de Sarah em 2009 reflete a consagração da judoca. Depois de disputar as Olimpíadas de Pequim com apenas 18 anos, ela começou a temporada com experiência suficiente para fazer bonito pelo mundo. No primeiro semestre, foram duas medalhas de ouro nas etapas de Lisboa e Madri da Copa do Mundo. Antes disso, bronze no Pan-Americano de Buenos Aires e prata na Copa do Mundo em Belo Horizonte, além de um bronze no Grand Slam do Rio de Janeiro.

No Mundial de judô, em Roterdã, na Holanda, o pódio não veio, mas ela terminou em quinto lugar: a melhor posição para o país na disputa. A consagração, no entanto, veio no segundo semestre. Sarah deu ao Brasil o bicampeonato do Mundial júnior, no mês de outubro, em Paris. Com o título, ela se tornou a primeira brasileira a vencer a competição duas vezes. Em dezembro, veio o bronze no Grand Slam de Tóquio. Com tantas conquistas, a menina virou heroína no Piauí. Ela virou tema de música e foi homenageada com um selo por sua participação nos Jogos de Pequim.

O DIA-CHAVE

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Natália de bronze

No dia 19 de outubro, a lutadora de taekwondo Natália Falavigna fez bonito no ano olímpico brasileiro. Natália conquistou o bronze no Mundial, disputado na Dinamarca, na categoria pesado (mais de 73kg). Esta foi a primeira medalha brasileira em esportes olímpicos depois que o Rio ganhou o direito de sediar os Jogos de 2016 – e justamente em Copenhague, palco do anúncio. Natália foi até a semifinal do campeonato e perdeu para a espanhola Rosana Álamo, que acabou ficando com o ouro. Para chegar ao pódio, a brasileira venceu três vezes no torneio. Passou pela croata Ivana Zagar, pela canadense Daria Peregoudova e por Fang Tsui, de Taiwan. No Prêmio Brasil Olímpico, ficou entre as finalistas do título de melhor atleta feminina do ano, vencido por Sarah Menezes. A temporada serviu para firmar Natália como o maior nome da história do taekwondo brasileiro.




Dos ringues para as rádios

Em junho, uma das figuras mais carismáticas do esporte brasileiro resolveu apostar em um novo ramo. Maguila, famoso por seus socos e longas declarações depois das lutas, virou cantor. O ex-campeão mundial de pesos pesados pela WBF lançou o CD dois meses depois do anúncio de mudança de profissão. A música de trabalho foi o samba “Vida de Campeão”, que conta a trajetória de Maguila e exalta a nacionalidade brasileira do lutador.


Agência/Grosby Group

Novas confusões

Depois de se desculpar publicamente pela mordida na orelha de Evander Holyfield, o ex-lutador Mike Tyson parecia que iria passar a ter um vida, digamos, mais calma. Porém, menos de um mês depois da aparição no programa da Oprah, Tyson novamente foi parar na delegacia, devido a uma agressão a um paparazzi. O ex-lutador afirmou que agiu em legítima defesa e teria sido provocado pelo fotógrafo. Já o paparazzi afirma que não fez nada além de seguir Tyson por alguns minutos, para depois acabar sendo agredido. O que realmente aconteceu só os dois sabem.


Agência/Reuters

Ano sem medalhas

Sem dúvidas, a maior decepção do ano foi o rendimento brasileiro no Mundial de Judô, realizado em Roterdã, na Holanda, em agosto. Pela primeira vez, o Brasil chegou ao Mundial de Judô com dois campeões mundiais e voltou para casa sem nenhuma medalha. Maiores esperanças brasileiras, Tiago Camilo e Luciano Corrêa foram eliminados e viram seus resultados serem superados por judocas menos consagrados, como Daniel Hernandes, Sarah Menezes e Rafaela Silva, que conquistaram o quinto lugar, o melhor desempenho da delegação na Holanda. Considerado o Mundial das zebras, a competição não trouxe sorte para os melhores judocas da atualidade. Dos 32 medalhistas nos Jogos de Pequim presentes, somente dois conquistaram medalhas – o alemão Olé Bischof (-81kg) levou o bronze e a chinesa Tong Wen (+78kg) ficou com o ouro.


Divulgação/Divulgação

O brasil perdeu o maior nome do jiu-jístu

No dia 29 de janeiro, o jiu-jitsu sofreu um golpe duro. O maior nome do esporte, Helio Gracie, faleceu aos 95 anos em Itaipava, na serra fluminense. O ex-lutador estava com pneumonia e tinha leucemia. Uma das maiores lendas das artes marciais em todos os tempos, Helio ajudou a criar o estilo brasileiro de lutar jiu-jítsu, conhecido internacionalmente como Brazilian Jiu-Jitsu (Jiu-Jítsu Brasileiro). Na comemoração pelos seus 95 anos, em 2008, Helio teria declarado que, quando morresse, gostaria que os filhos fizessem uma festa, sem bebidas ou excessos. O corpo foi enterrado em Petrópolis.


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